domingo, 30 de dezembro de 2007

QUEM [ACONTECEU]

2007 já é uma idosa em UTI e 2008 já é visto pelas nossas estrelas com empolgação e brilho nos olhos!

Nesse momento milhões de celebridades estão renovando seus votos e pactos com o Zebu. Outras, não tão abonadas , tentarão alguma macumba com o pai de santo mais próximo. Sim, a esperança é universal: Renata Banhara querendo emplacar, mais uma vez, sua vulva em alguma publicação impressa lasciva, Deborah Secco chorando lágrimas de sangue para ser levada a sério a nível de atriz e lançadora de tendências (Alô, Vick?!) e Reinaldo Giane torcendo para que ninguém descubra que ele é viado.

Ovo Frito e Champagne quer homenegear nossas estrelas, que apesar de celebridades, também são humanas: sonham, choram, riem e fazem xixi e cocô.

Vamos aos melhores momentos dessas estrelam que iluminam nossas noites?

MELHOR CORTE




Bitchney - Sem concorrência.



MELHOR OSSO



Não foi fácil...Angelina quase abocanhou essa, mas Tchitchia Nicole grávida é imbatível.

MELHOR VULVA


Ju Paes - Porque, além de tudo, ela se diverte trabalhando sem descuidar da sua higiene pessoal. Eu também queria ser feliz assim quando fico reduzindo custos nas planilhas do Excel.


MELHOR BOTOX


Nicole Kidman - Porque de tão esticada, ela até brilha como cera. Efeito Mágico. De atriz respeitada à rainha do Exû: essa comeu ovo frito com champagne o ano inteiro.

Melhor B.O.


Vivi Araújo - Porque ela inovou, já que ser presa bebendo ou cheirando is so last week.


Viviane Araújo esteve nesta terça-feira, 27, na 16ª Delegacia Policial na Barra da Tijuca, no Rio, para fazer uma queixa crime por difamação e abrir um processo por danos morais contra o presidente da bateria da Mangueira, Ivo Meirelles.Revoltado com a acusação, Ivo rebateu e, numa entrevista, a acusou de fazer ‘programas’ e de que, mesmo ainda noiva de Belo, ela já estava com o atual namorado, o jogador de futebol Radamés.


terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Post de Natal



O Natal chegou, e consigo traz à tona uma verdade que não quer calar: gente, o mascote da Sadia é um... é um... é um peru!!! E aí? Alguém horrorizado? Não?? Claro que não. Afinal, estamos acostumados desde pequenos às piadinhas de mau gosto da publicidade. E é por isso que encontramos bizarrices por aí como as casas de carne no Mercadão, que colocam imagens de porquinhos e vaquinhas vivas em seus letreiros.

Mas o que me chamou a atenção para este fato grave foi exatamente uma publicidade. Era um cartaz num ponto de ônibus da Cidade Universitária, em que duas pessoas com olhares muito mal-intencionados beijavam a cabeça do peru da Sadia, este de olhinhos ingenuamente fechados.

Oh, mas engana-se quem vê ingenuidade neste peru simpático, espivitado e sorridente. Afinal, ele foi criado com o único propósito de mandar milhares de consemelhantes pra panela. E ele faz isso despertando ternura em você, consumidor, que nunca pensaria que o amável bichinho e o cadáver suculento sobre sua mesa têm uma coisa em comum: são perus; fazem gluglu. E só porque um deles tem mãos e usa óculos, detém o legítimo direito de mandar você comer o outro.

Eu e você nunca pensamos nisso, assim como passamos anos cantando "atirei o pau no gato" sem nunca pensar no significado (aliás, a nova onda de cantigas politicamente corretas merece um post à parte). O máximo que nos permitimos pensar sobre a origem da carne que comemos são as prateleiras do supermercado, e a maioria de nós nunca viu um peru de verdade.

Guimarães Rosa intuiu tudo isso há muito tempo atrás, e tentou nos alertar através do conto "As margens da alegria". Nele, um menino se fascina com um majestoso peru, que é morto para o jantar. Já não fosse suficientemente traumático, mais tarde ele vê um outro peru, bem menos bonito que o anterior, bicando a cabeça decepada do seu igual. Ei-la, a verdadeira face do peru da Sadia!

Só pra constar: hoje na ceia eu comi peru.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Dramalhão Corporativo






Meu papel, na verdade, é escrever sobre os ovos e champagnes da alta sociedade de Caras e People. Contudo o mundo corporativo domina minha vida; eis que tal fato ocorreu com minha pessoa:


Feliz e serelepe, com viagem marcada para trabalhar no Rio de Janeiro, recebo um lascivo motoboy que carregava em fortes braços duas caixas do Empório Santa Maria. Minha mente reacionária-estagiária superou meu ID; tirei os olhos dos braços e analisei cuidadosamente as caixas: duas. Na agência há duas diretoras. Na agência, agora, só havia duas caixas do Empório.


Ok. Superei os braços e as caixas e continuei a ler e-mails, fofocar com o departamento financeiro e blá blá blá whiskas sachês. Deus é sábio e fez com que eu trabalhe com uma secretária curiosa e pró-ativa, que discretamente levou uma das caixas para a recepção na hora do almoço.


(Sim, a alta direção estava em algum spa durante a ação do baixo clero)


Ingênuo e puro, segui com olhos de gatuno o movimento da secretária. Contados 5 minutos no relógio corporativo, inventei um fax e me encaminhei à recepção. Lá estava a caixa cuidadosamente aberta: na mesa, um champagne e uma infinidade de patês e bizarrices de fígados de ouros e de patos.


A secretária fez a pheena. Minha presença nem foi considerada; assim que terminei o fax a caixa do Empório já estava embalada e com laços , como se não tivesse sido revistada.


Durante todo esse momento de tensão,investigação, sensualidade, curiosidade e inveja chega a hora do almoço:


Muitos sabem, sou adepto da marmita. Economizo em comida para gastar em bebida, afinal quero seguir a tradição dos homens do meu bairro e morrer no buteco de esquina. Mamãe não sabia, mas de manhã, ao preparar a marmita do filhinho com tanto amor e carinho, também preparava uma lição moral. Um RP diria que seria uma ação de posicionamento: coloque-se no seu lugar e ame o que você tem (Estudou amor fati pra quê, porra?!).


Eu abri a marmita e lá vi ele, tão longe, mais tão perto da champagne:


Ovo frito, arroz e feijão.


terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A angústia do pônei



O mundo precisa saber: pôneis são seres infelizes. E isto é evidente, tanto quanto é inexorável. O pônei não é um cavalo em miniatura; ele é um cavalinho gordo, com as perninhas curtas. Ele é um cavalo completamente despido da dignidade de ser um cavalo. Na verdade, o pônei é uma violência contra o cavalo. Ele é a expressão mais pura da obsessão ocidental pela dominação da natureza. Pega-se o cavalo, essa fonte de força, vigor, beleza e potência, praticamente uma criatura mítica sobre a Terra, e tenta-se aprisioná-lo numa miniatura. Tolos. O que se conseguiu não foi dominar o cavalo - foi criar o pônei. E veja se o pônei pode ser mítico. Coitado.

Não há a menor chance de o pônei ser feliz, muito embora coma da alfafa mais tenra e cavalgue o capim mais fofo. Aliás, o pônei sequer cavalga. Geralmente, sua existência está atrelada a funções constrangedoras, como carregar em seu lombo criancinhas eufóricas.

O pior é que o pônei sabe de tudo isso. Dá pra ver nos olhos dele, e na sua cara de "sim, sou um pônei, e daí?". Ele tem consciência da sua condição, e sofre. Mas a nossa sociedade é insensível à sua angústia, e perpetua o ciclo do sofrimento: continua criando pôneis, e, pasmem, mini-pôneis. Sobre estes últimos não ouso tecer sequer um comentário.

O grande Criador, que tem um ótimo senso de oportunidade, observa tudo isso com um sorriso sarcástico. Ele já sabe o que fazer para expurgar os pecados daqueles que forem maus nesta vida. Na próxima, virão ao mundo todos como pôneis.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Borbulhas de Amor

Era uma tarde incomum em São Paulo, e eu sei disso porque sei como funciona essa cidade. Bem, um pouquinho, mas sei. Pasme, querido leitor, e me diga se não era uma tarde peculiar: céu azul, tempo agradável, trânsito ameno. É uma tríade que não existe nessa cidade; mas aconteceu. Hoje em dia, pensando friamente a respeito, me condeno por não ter interpretado esses sinais corretamente. "Que sinais?", vocês me perguntam. Ora, pode haver maior sinal de que uma hecatombe está prestes a acontecer em São Paulo do que céu limpo, tempo bom e pouco trânsito? Pior que isso, só se o porteiro resmungão do meu prédio me desejasse bom dia (o que, claro, nunca aconteceu e jamais acontecerá).


Pois bem. Estava fazendo um dia bonito e agradável, blá, blá, blá e eu saí de casa rumo à faculdade. Perto da esquina da minha rua há uma banca de jornal que atravanca toda a passagem dos pedestres (especialmente quando chove) e muitas vezes se forma uma muvuquinha ao redor da banca, de indivíduos lutando pelo privilégio de passar primeiro. Eis que a muvuquiunha existia, e eu, no bom humor que estava, decidi esperar que as pessoas se resolvessem e reduzi meu passo, meio que esperando de longe. E então ele surgiu.


Surgiu do meio da muvuca aquele homem. O homem que mudaria para sempre a minha vida. Ele estava muito elegante, usava terno e chapéu.
Ele cantava Borbulhas de Amor em espanhol. EM ESPANHOL.
Ele era anão.


Nesse momento você se pergunta o porquê das coisas.

Não senhores, eu não ativei o filtro de aleatoriedade mental. Essa pessoa existiu. Não só existiu, como era portadora e atuante de tudo o que eu mencionei. E não me levem a mal, não tenho nada contra o Fagner ou contra anões de chapéu. Mas hão de concordar comigo que é muita insensatez de uma vez só.

Até agora não sei o que aquilo significa. Talvez não seja nada, apenas um anão de chapéu cantando Borbulhas de Amor em espanhol (em ESPANHOL, meudeus). Talvez seja o presságio de que algo muito ruim está por vir.

De qualquer maneira, considerem-se avisados.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

FAIS OVO FRITO NA VALE


Aí a VALE gastou trilhões de jazidas de ouro pra mudar sua identidade visual, cair fora da imagem de PRIVATIZAÇÃO blá blá blá.


O mais legal é que a Vale imitou as cores do Banco Real e o desenho dos pheenos sapotes Vitelli (Irresistíveis de copiar. Annn, pegou o trocadilho, bigue?!)


Comentário do Tio Marx: Aí o estagiário da Vitelli , que não ganha nem vale refeição, não recebeu nem parabéns pelo logo e a Lippincott Mercer, agência fudida da Vale, leva milhões.


Mas dava pra perceber o nível de tosquisse quando o Seu Rogér comentou sobre o novo-super-ultra-mega-hype-logo:


Roger Agnelli, presidente da mineradora, disse sobre a nova marca: “Em qualquer lugar do mundo, a pronuncia Vale é fácil. Vale significa valor. É um nome curto e de fácil fixação. O logo, eu vejo um coração, porque adoro essas coisas de emoção. Pode ser um simbolo de infinito. Ao mesmo tempo, é um símbolo de vale e de uma mineração a céu aberto já em seu plano final. Se colocar de cabeça para baixo, parece o triângulo de Minas Gerais.”
Tá em vermelho, porque chorei lágrimas de sangue quando li.
Beijosmebipa!