sexta-feira, 28 de março de 2008

barcelonina

A foto de promoçao do show novo do ney mato grosso




parece o lagarto do parc Güell!!!


ele nao super tá com uma expressao de lagarto???

ps: viva o shoe-me!

terça-feira, 25 de março de 2008

os males da brasilidade nas oropa

Acabou de acontecer nesse minuto. Mas o entendimento geral da situaçao demanda explicaçoes prévias.

Entonces q fugindo da especulaçao imobiliaria e das freiras fofoqueiras que queriam me assassinar aumentando violentamente minhas taxas de colesterol e sódio, eu mudei pra um bairro calmo e tranquilo dos suburbios de barcelona, q nem é tao suburbio assim, uma vez q em 15 minutos eu estou em pleno centro geométrico e geografico de bc., ou seja, é praticamente centro em padronagens paulistanas...! De portalense vizinha da avenida paulista e miolinho cult, tornei-me portanto uma habitante de Hospitalet de Llobregat, sem o glamour do eixample (o bairro centrico e chique), mas com uma sensacional oferta de lojas de paquistanis que só fecham as 11 da noite, e abrem de domingo, coisa que os supermercados e lojas em geral daqui nao fazem...!Além de uma xarxa de bibliteques (rede de bibliotecas, em catalao) sensacional!!! Vai ser brasileiro na europa, bem! é xique no urtimo!

O caso é que como eu, varios imigrantes também foram arrastados para nossos queridos arrabaldes, como acontece com toda grande cidade q se preze, desde os tempos do império
romano e antes até.

Entao eis que estou eu, feliz da vida com minhas meias roxas-fabercastell, contrastando com a bonita manta laranja do ikea que cobre meu sofá, tb utilizado como escritório, laptop no colo estudando politicas de financiamento de instituiçoes culturais (prático, sem deixar de ser cult, como convém a uma ex-letranda), quando alem do corrente reggaeton (uma praga do
naipe do funk) dominicanos do vizinho do lado, ou da vizinha de baixo que briga com os filhos em arabe ou alguma outra lingua do capeta, e que me da muito medo, ouço acordes familiares e pegajosos, seguidos de uma voz clara e famosa de certa cantora que deve ser parente do Quércia pela cara de cavalo... Até aí, tudo bem, até o Harmonia do Samba vem tocar na espanha com as mulatas do salgueiro, e Ivetão vai tocar ate no rock in rio madrid, vêee se eu mereço... Eis (de novo) que surge uma vozinha, ressucitante dos idos de 1996-97, sucesso nacional e logo desaparecido...Netinho, aquele que se fantasiava de sergio mallandro com uns bonezinhos coloridos e cantava coisas tipo ôoooo miiiiiilaaaaaaaa e afins....!Deste nao foi só umma música. Foi praticamente o cd inteiro!

Se começar a tocar o créu por aqui, juro que me jogo da sacada! depois catem meus caquinhos pela rua e pela loja do paki, que nunca fecha!

Com licença, eu vou comer o resto da feijada de sábado...

Deixo-os com uma muito intrutiva demonstraçao da tosquidade hispánica. Vai ser bom inclusive pra aumentar vosso já vasto vocabulário!

petò!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Anúncio tirado de uma linha vermelha de metrô

Seu dia de noiva merece glamour e sofisticação

- Prova de penteado
- Maquilagem social
- Mão e pés (unhas decoradas)
- Limpeza de pele
- Massagem relaxante
- Designer de sobrancelha e buço
- Depilação completa
- Refeição
- Ateliê da noiva

terça-feira, 11 de março de 2008

Dramalhão corporativo

Crise existencial em um ato

Cenário: Escritório típico de repartição pública: sala grande, imensa... daquelas que dá preguiça de ir até o bebedouro, duas samambaias que imploram por água e, vez por outra, alguém lembra que elas existem, já que só a visão delas traduz o funcionalismo e a depressão que tem o servidor por acumular pó em uma sala daquelas, dois ventiladores que você tem certeza que são relíquias da antiga Berlim Oriental, excesso de mesas e de contratados - embora sempre que alguém procure por pessoas dois cargos maiores do que o seu, ouça a mesma desculpa: Ah... é que ele tinha um compromisso inadiável (o compromisso sempre acontece com outrem que não está trabalhando, mas as duas pessoas não estão juntas, óbvio).

Personagens:
Bete: faxineira daquelas que veste azul e redinha branca no cabelo, 45 anos, magra e bem humorada;
Cidinha: secretária executiva II na hierarquia do funcionalismo estadual. Nunca encontrou o amor, mas sonha com o casamento feliz e a maternidade. Tem 48 anos, é gorda e resmungona. Admira o cavalheirismo. É neurótica por doces... e diabética;

Breno: estagiário em fim de contrato, pessoa um tanto azeda e que ri da desgraça alheia por diversão e/ou costume. Tem 24 anos, é magro, chato e um tanto neurótico. Ultimamente tem apresentado fortes pruridos devido a uma crise alérgo-alimentar.

Breve diálogo:

Bete: Ahhnnnnnnnnnn ahhhhhhhhhhhhh!!!!
Cidinha: Ai, Breno... já sei por que a Bete suspirou! Ela está apaixonada!
Breno: E viu o amor da vida dela.
Bete: Deus me livre!
Cidinha: Deus me livre por quê? Temos que amar. O Breno tá sempreapaixonado, né, Brê!?
Breno: Ô...
Bete: Deus me livre de detonar de novo meu coração!

Cai o pano, de preferência bordô, e se abaixa a luz de cena.
Ouve-se a risada discreta de Breno ao fundo

P.S.: Nomes fictícios... ou não

sábado, 8 de março de 2008

Em Dublin, onde tudo pode acontecer.

Um blog pheeno. E me atrevo a escrever com PH e um double "e" com som de um "i". Tambem me atreverei a escrever sem acentos ou regras. Quero aproveitar essa liberdade poetica que so um teclado gringo pode me proporcionar.





Por que um blog pheeno? Diretamente da ZL para a capital da Irlanda, o Ovo Frito com Champagne tem o prazer de anunciar seu primeiro correspondente internacional: Kim Basinger contara todas as suas desventuras ou a de seus roommates semi-alfabetizados que se inspiraram em Sol para fazer a America na Europa - uma lagrima de sangue mareja em meu olho amendoado direito nesse momento.



Eis que tenho a magnifica sorte de estar numa familia-feliz-irlandesa. Obviamente, sou sortudo, mas tambem brasileiro. Logo e impossivel uma chuva de diamantes ininterrupta em minha vida. Dois dias apos minha chegada, aterriza na residencia de Cherry Ave um brasileiro que nao desiste nunca. 30 anos, alguns filhos, uma mulher devidamente embuxada e abandonada na Floresta Tropical-Brasil e , claro, sem a minima nocao de como falar "Como vai voce?" em ingles.

Malandro e malandro, mane e mane: nesse infortunio do destino me tornei baby-sitter de pseudo-pai-de-familia-querendo-fazer-a-Sol. Okay. Ate ai, tive uma criacao crista e pude pensar nas 259 recompensas que Jesus poderia me enviar a Terra devido a minha bondade e pureza no coracao. Peguei na mao e o ajudei a abrir conta no banco, a ir na imigracao...

Mas a PROVA maior ainda estava por vir. Porque ter direito a um pedacinho no ceu nunca foi barato, meus caros. Alias, creio que depois dessa terei direito a uma nuvem ao lado dos Kennedy e de Lady Di. Eis:

Manha

-Ow, mano, ta cocando - (sejam inventivos e vejam um c-cedilha)

-Entao coce, oras - disse eu, sempre pragmatico.

-Mas ta cocando aqui o - disse o desesperado, apontado para as partes em que o Demo habita.

-Ca-ra-lho!

E assim fui em procissao a farmacia. Com muito amor no coracao, orientei-o:

-Peca para ele algo que " fight against crab lice".

-Nao, mano. Nem sei falar isso. Quebra essa ae - disse o infeliz, cocando as partes, e eu desejando quebrar mesmo era a cara dele.

Fui eu a farmacia fazer o pedido. Com toda dignidade e orgulho latino expliquei o problema. Quando acabei o relato dos desaventurado, fui obrigado a ouvir do atendente:

-OH MY GOD!!!


segunda-feira, 3 de março de 2008

Left at Albuquerque

Os azares e a lei de Murphy resolvem pegar no pé da gente justo naqueles dias em que tudo deve sair impecável. Até aí, isso não é novidade para ninguém, e sendo a índole humana naturalmente maligna*, todo mundo adora ver o amiguinho se estrepando. Por isso acho que minha última grande aventura no trânsito paulistano merece virar post aqui.

Tudo começou com um combo muito insalubre: eu me recobrava de uma imensa ressaca e tinha o dedão do pé esquerdo deflorado por uma manicure açougueira. Nessas condições é imprescindível que o sujeito tome uma aspirina e durma por catorze horas ininterruptas, não? Obviamente, não era o meu caso, pois eu teria uma entrevitsa de emprego agendada para as oito horas da madrugada em uma empresa localizada na Av. Berrini.

Conseqüência de toda a sabedoria que me é atribuída por amigos e parentes, fui dormir às três da manhã. Não obstante, segui a cartilha das entrevistas e acordei bem cedo, vesti a fantasia corporativa e saí de casa com uma hora de antecedêndia julgando que seria tempo suficiente para comparecer pontualmente à temida conferência. Ledo engano...

Meus infortúnios começaram logo que escolhi o itinerário ônibus-ônibus ao invés do ônibus-trem. Por causa do meu pobre dedão inflamado, imaginei que seria muito mais conveniente pegar um segundo ônibus e descer na cara do escritório ao invés de ir de trem e caminhar 500 metros mancando mais que carteira de escola pública. Ledo engano número dois. Para começar, o primeiro ônibus que eu deveria tomar atrasou, me deixando com dez minutos de defasagem na maratona do emprego. Até aí, tudo bem, julguei que um pequeno atraso não seria tão prejudicial. Além do mais, supõe-se que existam muitos ônibus que façam o trajeto Faria Lima-Berrini, não é mesmo? Suspiro...

Eu esperei. Esperei. Esperei um pouco mais. Já eram oito horas e nada de ônibus pra Berrini. Minhas entranhas ensaiavam um siricotico e eu me torturava mentalmente. Já estava em vias de desistir quando o ônibus desejado chegou. Pulei dentro dele já um pouco mais tranqüila e torci para que o motorista infringisse todas as normas de trânsito e me deixasse no escritório em dois minutos. Ah, vã esperança.

O trânsito livre, o ônibus em boa velocidade, tudo correndo perfeitamente e eu sentia que um feixe de luz dourada me banhava naquele momento glorioso. Mas então, no auge do meu êxtase, ouço aquela voz cheia de razão que arruina sonhos e desilude os poetas e as crianças. Essa voz era do cobrador e dizia "Vira à direita, Ceará! À direita!". O Ceará não virou. Assim como eu, Ceará era estreante naquela linha e tinha apenas uma vaga idéia do que estava fazendo. Errou o caminho e eu, feito uma pomba maluca, virava a cabeça para todos os lados, buscando a revolta no coração dos passageiros e uma linha alternativa que me levasse na velocidade do pensamento para o meu destino.

Resultado da empreitada: cheguei no lugar da entrevista às exatas 8:36 da manhã, suspirei fundo e tomei outro ônibus de volta para casa. Na minha mente, apenas a famosa frase do Pernalonga "Acho que eu deveria ter virado à esquera em Albuquerque".

*quem era mesmo que falava isso? Determinismo, darwinismo, xintoísmo... quem lembrar o nome da corrente de pensamento, me avisa aqui nos comments

Em tempo: a entrevista foi remarcada. Desta vez, consegui comparecer sem atraso algum.