segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

E segue o freak show!

E continuam os sinais do Apocalipse! Notados principalmente... bom, notados em qualquer lugar em que você estiver, já que, se o mundo for acabar, Deus não vai salvar, por exemplo, a Mooca por achar que lá é um lugar simpático.

Mas paremos com a análise comportamental divina e sigamos aos fatos: sábado, lá pela uma da tarde, resolvemos (eu, colaboradores deste blog e agregados) ir ao supermercado fazer compras para um agradável almoço desses de cozinha coletiva, cujo processo já é em si uma diversão e cuja garrafa de vinho para cozinhar o arroz do risoto acaba no estômago da patota assim que se resolve que o arroz já está bêbado.

Saímos e tomamos a direção do Pão de Açúcar da Alameda Santos, que lá é lugar de gente feliz. Ao cruzarmos a Paulista, começam os sinais da manifestação da fúria de Alá: já no semáforo de pedestre vemos uma senhora levando ao ombro um papagaio, que tinha o pé preso por uma correntinha para não voar e ir papagaiar as intimidades da senhorinha por aí, que é coisa feia até para papagaio de gente desocupada.

Sabe, isso é coisa que você pára, olha, estranha, olha de novo para conferir se você ainda não está bêbado e segue fingindo que não é com você, afinal é a Paulista. O problema é que a Senhorinha do papagaio tinha uma seguidora! E a fan da dona do Psitaciforme (perdoem o linguajar mais científico, mas quero pedantar também) ia doida atrás dela, berrando na calçada do Conjunto Nacional “Que papagaio lindo! Posso pegar! Posso pegar! Ele fala?” e por aí vai. Claro que nesta hora você (e o resto da avenida) se afasta daquilo o mais rápido que consegue, afinal, você mal acordou e ainda tem medo das coisas que seu cérebro pode criar.

Passado o trauma, seguimos até o mercado – onde havia um clone da Amy Winehouse servindo na padaria. Não era exatamente clone... a mulher não era igualzinha a Amy, mas você olhava e sentia uma coceira no topo da cabeça... dava meio que uma agonia na gente.Bom, ignoramos a criatura e compramos o que queríamos. Quando estávamos no caixa, resolveu cair a maior chuva do mundo. Chuva grossa, com trovão, raio e transformador elétrico estourando no poste. Claro que se formou um aglomerado de gente na porta do mercado, esperando condição melhor para sair, mas nisso, uma moça que tinha pressa pôs duas sacolinhas do mercado na cabeça (parecia um chapéu de cozinheiro) e saiu correndo pelo meio da Santos naqueles trajes. Tirando a crise de riso, tudo normal: ela fez aquilo para ir pela chuva. O negócio é que uma outra mulher (que eu juro: era o Chico César, com direito inclusive a seu penteado de cebola), mas, então, essa outra mulher pôs uma sacola na cabeça e ficou andando pelo mercado, onde, obviamente, não chovia.

Desolados com a última cena, voltamos para casa... na chuva mesmo, antes que aparecesse alguém igual ao Felipe Dylon com um macaco proboscis dançarino de tango.

9 comentários:

Mariana Siqueira disse...

Fora que eu suspeito que debaixo da túnica da Chico César haviam as sementes da criação do mundo. Era Mama África.

Mariana Marchesi disse...

Enfatizando q era nobre o objetivo de toda esta saga - um cheiroso risoto com pêra e nozes acompanhado - é claro, de espumante.

Não se passaram mais que 15 minutos para q o fino risoto sucumbisse ao ataque dos bárbaros.

Breno Soutto disse...

Hahuhuhuha

Bárbara era minha fome.

Uma fome visigoda

Anônimo disse...

Deviamos ter uma foto do momento. às vezes é difícil acreditar que essas coisas realmente aconteçam.

Sugestão pro blog: gostaria de uma descrição dos autores! E pra que cada um não enalteça a sua pessoa, sugiro que um esccreva do outro (ficaria engraçadíssimo!)

Mariana Marchesi disse...

hahahaha! Apóio a sugestão da Déia!

E quero acrescentar q mulher com papagaio no ombro pode ser um item acrescentado à lista de coisas cafonas da Sueca. Na categoria brega-bizarro, por favor.

Mariana Siqueira disse...

Ah, eu também topo!

Até mando uma descrição por e-mail hoje mesmo.

Breno Soutto disse...

Sueca fará a discrição de uma paisagem bucólica, certeza

Mariana Marchesi disse...

Sim, uma discreta paisagem bucólica.

Breno Soutto disse...

Huhahuhuha


Ignorem