terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Problemas com nomes no país cor de brasa

Ontem, no ônibus, voltando das minhas eternas pesquisas com as classes menos abastadas desse meu Brasil varonil, pego de ouvido:
- “Mas a esposa do Elvis é uma vagabunda!”
- “Vaca mesmo, onde já si viu fazer aquilo com alguém que deu tudo para ela”
Já pasmo, pensando na esposa de Elvis, que, calculo eu, chame Rita Pavone, começo a pensar nas mazelas da nomenclatura nacional:
O ônibus saia da Rua Augusta – cuja última coisa relacionada à pureza do nome acontecida foi o prefeito Kassab (doravante “A Fechadeira”) ter emparedado todas as casas para relaxamento dos solitários – e ia para o Parque D. Pedro II – que, de imperador ilustrado, passou a ser uma espécie de feira fedida que vende absolutamente tudo aquilo que possa agregar pó e insalubridade a nossa existência, além de ponto do famigerado maior terminal de ônibus do país. Aliás, São Paulo também já foi um soldado romano que andava com seu vistoso espadão pela aí e hoje é a cidade pinto-pequeno: se orgulha de ter o maior tudo do país só para compensar.
É, senhores, temos prevaricado com o nome... meu cabeleireiro chama-se Michael e a bicha é hétera, além de não gostar de Thriller, a Rua da Alegria, no Brás, é cinza e xexelenta, a Estação da Luz é escura horrores desde que construíram um subsolo nela e assim vai.E, só por que este não podia faltar, eu trabalhei com uma moça em um buffet infantil chamada Elis Regina. A infeliz era fanha e mãe solteira!

5 comentários:

Mariana Marchesi disse...

Mas afinal, o q tinha feito a esposa do Elvis??

Mariana Siqueira disse...

Hahaha, amei a Elis Regina fanha! Bonitas as ironias.

Mariana Siqueira disse...

Ah, quanto à esposa do Elvis: chamava-se Priscilla.

Priscilla, vem do latim, priscus, que significa velho.

Momento caixa de Sucrilhos.

Mariana Marchesi disse...

Priscus parece Friskas.

Anônimo disse...

Vocês andam fumando muita maconha.

Brincadeira. Texto interessante. Posso ouvi-lo ditando este relato, Breno.